Desconfiança


As lágrimas do meu amor me fazem sofrer.
O seu sofrimento vale qualquer atitude para estancar a ferida.
Eu tenho sina de líder. E a liderança me faz assumir responsabilidades alheias.
Alheias à minha verdade, entram em meu organismo como um agente antígeno.
Provocam estardalhaços buscando um lugar pra ficar.
E o sofrimento é agora profundo. Por dentro girando demônios bebendo meu sangue, como se fosse cachaça.
O próprio amor, aliviado é o que cura meu peito de uma desgraça.

Por isso meu bem não me use.
Segure pra si, o quanto puder, seu sofrimento, se for sofrimento de amor.
Se não puder mais, me avise, não chore, me peça que eu faço. Por ti aceito os demônios, desde que fique bem claro de onde eles vêm.
Só é permitido chorar de alegria.
Se o medo chegar, recuse o convite.
Foi sua a maldade de desconfiar.

2 comentários:

Enfim... disse...

"Tem sempre um dia em que a casa cai..."

Fantini disse...

Se a casa tem fé, vai balançar, vai sacudir, mas não vai cair.
Se é povo pagão, não é casa, é barraca, e cai até com tropeço.
Essa maldade eu já conheço e nela de novo não caio.