Ando aprendendo
Sabedoria para descansar
Toco a mesma pele
Toda hora ela responde
um novo som.
Há certa arrogância em se afogar em lagoa mansa
Mesmo o mergulhador, sem rumo, atordoado
Não sabe se o chão é o fundo
E nada no escuro em qualquer direção.
Aonde é em cima não sabe se desce ou se sobe
acaba descendo pra cima.
Convêm observar as bolhas de ar
que essas certamente sobem para a supefície
Mas é pra lá que eu vou?
...
Já sei a saída
Só não encontro a entrada.
Se me sobrasse tempo, eu trabalhava;
Mas tomaram todo o tempo restante
De uma outra parte já desperdiçada
Sujaram meus ternos de tinta
Roubaram as minhas cuecas
Agora só presto para namorar, matar a sede e entorpecer
Meu trabalho é dar o exemplo do que não fazer
Enfio a mão inteira no que me dá saliva
Jogo cigarro no chão para ter no que pisar
Não posso mais andar; só correr!

Vivo de matar o amor para comer.
Toque em mim para me fazer sumir