O tempo atropelou o meu sentimento.
E fez do perdido no vento apenas poeira daquele momento.
Mostrou de relance uma cara fechada, terrificante,
Mas não garantiu a sustentação da sua sentença.
Cegas pedreiras erguidas à beira da praia, são como
espelhos de fogo estalando convites ao pensamento
daquele incapaz de enxergar nessa mesma pedreira,
as lascas imersas aquém da visão.
Morro de braço quebrado, pelo encravado e dedo torcido.
Morro de amor se for amor perdido.
Mas dor que é de morte, quando não quebra a matéria,
Faz a matéria mais forte e cresce na vida o que resta.
Da casa assolada o telhado é o primeiro a cair.
Quebram-se vidros, perdem-se roupas, fotografias, e obras de arte.
Arrisca caírem paredes.
A devastação pode até ser total.
Mas há de passar a tormenta.
Há de seguir ao estrondo, o silêncio.
E hão de estar lá, finalmente,
bravas e resistentes,
por serem ausentes, debaixo do solo,
as fundações da morada.
E ela será
novamente uma casa
Brilhando de nova.
A diversão preferida do tempo
é fazer careta.
Não vale assustar, pois é brincadeira.
A seriedade, transcorre em silêncio.
Um comentário:
Fala Rimbaud!
Tá sumido...tô com saudade de bater papo e não chegar à nada!
Beijo.
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