As coisas estão agora como água de torneira
Entre a pena e o ralo a vida é plena
Acumulada
é água parada

Resta derramar

Chovida no rosto é liberdade
na roupa molhada 
realidade

Só na torcida

Água de beber não mata
Sede de viver não se contenta com água
engarrafada

Ela que escorra pelo chão
refrigerando a sola dos meus pés descalços

Só bebo mesmo a que brota inocente de ti
em função do cuidado com a saúde
e por pura falta de tempo

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