Nenhuma verdade se fecha.
Ninguém sabe exatamente o que faz.
Cada um é um nó de uma rede tramada, fio invisivel, chamada por vários nomes:

Deus, Amor, Vida, Amizade, Eternidade, Infinito, Onipotência etc

A rede se mexe sem prévia consulta nem dizer porque.
Fatalidades de todos os dias
As nuvens que passam agora no céu
Não são imagens conhecidas
porque nunca antes passaram.

Dentro de cada verdade, movimentos da trama lançam ao alto uma parte da rede
levantam aos céus alguns nós
E junto, os seus nós Amores; os nós vizinhos.

Verdade: os verdadeiros amores estão sempre próximos.

Subindo ou descendo, reversos sutis ou sinuosos,
Grandes tempestades ou luzes douradas
As vezes parece que a rede se embola.

Mas ela, tal qual as verdades,
Não tem inicio nem fim
Por isso não dá pra jogar uma ponta por dentro da outra.
Ela não tem pontas. Nunca se amarra de vez.

A rede está toda unida
Seria tal qual uma esfera não fosse impossivel circunscreve-la.
Seu movimento involui, evolui
E logo se estica de novo.

O quanto se estica depende do tempo e do espaço
E isso depende da gente.

Nenhuma verdade se fecha.
Ou eu não sou de verdade
ou sou mesmo aberto
incompleto.

Nenhum comentário: